sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Padre João Pedro Silva, o novo Padre da Diocese



Talvez, há cinquenta anos, uma ordenação fosse um acontecimento vulgar. A cerimónia presidida pelo nosso Bispo D. Virgílio Antunes, concelebrada por D. Albino Cleto, Bispo Emérito e uma centena de sacerdotes não deixa ninguém indiferente. A Sé Nova encheu no passado Domingo à tarde de fiéis. As paróquias de S. Silvestre e de Ceira, de onde é natural o Padre João Pedro da Silva e o diácono permanente Jorge Dourado Vieira, respectivamente, fizeram-se representar em grande número.


É uma diocese que esteve em festa numa celebração donde saiu um novo padre e um novo diácono permanente. Hoje qualquer ordenação comove a diocese e a faz rever-se em júbilo e esperança. É o desejo intenso do povo cristão, ansioso por mais sacerdotes, quando um número já razoável de paróquias e comunidades se sente sem pastor disponível para atender as suas necessidades religiosas, mormente a missa dominical.
Com um clero limitado e bastante envelhecido, um novo sacerdote traz confiança e derrama sobre o futuro um certo optimismo ainda que pequeno.
Comovido esteve também o nosso Bispo D. Virgílio Antunes que pela primeira vez ordenou um presbítero e um diácono permanente.
D. Virgílio Antunes começou a sua homilia por agradecer a Deus por lhe ter concedido mais dois colaboradores para a sua diocese e pediu oração constante para que sejam capazes de desempenhar as obrigações da missão que lhes é agora confiada.
“Quantos belos testemunhos de anúncio acolhido podiam narrar todos os que foram ungidos pelo Espírito Santo e enviados por Deus ao encontro do Seu Povo, diáconos, presbíteros, bispos, missionários, religiosos e religiosas, leigos nas mais variadas situações de vida!” destacou o prelado na sua homilia. “O dom de ser chamado e enviado por Deus é fonte de tanta alegria interior, por um lado, e de tanta consolação e auxílio aos irmãos, por outro” disse ao fazer um apelo aos jovens para que se deixem seduzir por Cristo, “incarnem a Sua entranhada misericórdia pela humanidade e se disponibilizem para acolher a vocação sacerdotal, que, com, toda a certeza, o Senhor pôs no coração de alguns aqui presentes (na celebração) ou dispersos por esta diocese de Coimbra”.
Ao dirigir-se aos que iam ser ordenados, D. Virgílio Antunes pediu que “caminhem em ordem à santidade de vida”. “A primeira vocação e obrigação que tendes é ser santos, assumir essa realidade invisível, mas real, que vos liga a Cristo, para que todo o vosso ser – espírito, alma e corpo – se conserve irrepreensível para a vinda de Nossa Senhor Jesus Cristo. Sois chamados a ser totalmente de Cristo, configurados com Ele, centrados n´Ele, tanto quando realizais as tarefas quotidianas de acordo com o vosso estado de vida, como quando rezais com a assembleia cristã, quando vos dedicais às tarefas de evangelização, à prática da caridade ou ao governo das comunidades que são confiadas à vossa solicitude”.
Por fim, D. Virgílio Antunes pediu ao novo padre e ao novo diácono que se recordem que foram chamados para servir o Senhor e o Seu Povo e não para serem servidos por eles ou para se servirem deles. “O caminho de Cristo é, sem dúvida, o da radicalidade e da entrega total e a Igreja de hoje precisa acima de tudo de homens munidos de uma fé forte, de um grande amor a Deus e aos Seu Povo, disponíveis para servir na verdade e na caridade”, realçou.
Ao celebrar o tempo do Advento, o Bispo de Coimbra pediu para seguirmos o exemplo de Maria. “Ela aponta sempre para Cristo, disponibiliza-se para em tudo ser a Serva do Senhor, e para que nela se cumpra a Sua palavra”, afirmou ao confiar as vocações da sua diocese.
Miguel Cotrim / Amicor

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Peregrinação Nacional de Acólitos 2011

Santuário de Fátima

30 de Abril de 2011



Programa:


9.45h - Paramentação no Convívio de Sto. Agostinho (Igreja da Santíssima Trindade)

10.00h - Encontro na ISST ( Igreja da Santíssima Trindade )

11.00h - Eucaristia na ISST

16.00h - Terço na Capelinha das Aparições



Nota: Pedem que cada acólito traga as suas vestes litúrgicas e que de preferência venham de sapatos e não de ténis.

Não é necessária inscrição prévia.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Mensagem do Papa Bento XVI para a Quaresma 2011


«Sepultados com Ele no baptismo, foi também com Ele que ressuscitastes» (cf. Cl 2, 12)

Amados irmãos e irmãs!

A Quaresma, que nos conduz à celebração da Santa Páscoa, é para a Igreja um tempo litúrgico muito precioso e importante, em vista do qual me sinto feliz por dirigir uma palavra específica para que seja vivido com o devido empenho. Enquanto olha para o encontro definitivo com o seu Esposo na Páscoa eterna, a Comunidade eclesial, assídua na oração e na caridade laboriosa, intensifica o seu caminho de purificação no espírito, para haurir com mais abundância do Mistério da redenção a vida nova em Cristo Senhor (cf. Prefácio I de Quaresma).



1. Esta mesma vida já nos foi transmitida no dia do nosso Baptismo, quando, «tendo-nos tornado partícipes da morte e ressurreição de Cristo» iniciou para nós «a aventura jubilosa e exaltante do discípulo» (Homilia na Festa do Baptismo do Senhor, 10 de Janeiro de 2010). São Paulo, nas suas Cartas, insiste repetidas vezes sobre a singular comunhão com o Filho de Deus realizada neste lavacro. O facto que na maioria dos casos o Baptismo se recebe quando somos crianças põe em evidência que se trata de um dom de Deus: ninguém merece a vida eterna com as próprias forças. A misericórdia de Deus, que lava do pecado e permite viver na própria existência «os mesmos sentimentos de Jesus Cristo» (Fl 2, 5), é comunicada gratuitamente ao homem.

O Apóstolo dos gentios, na Carta aos Filipenses, expressa o sentido da transformação que se realiza com a participação na morte e ressurreição de Cristo, indicando a meta: que assim eu possa «conhecê-Lo, a Ele, à força da sua Ressurreição e à comunhão nos Seus sofrimentos, configurando-me à Sua morte, para ver se posso chegar à ressurreição dos mortos» (Fl 3, 10-11). O Baptismo, portanto, não é um rito do passado, mas o encontro com Cristo que informa toda a existência do baptizado, doa-lhe a vida divina e chama-o a uma conversão sincera, iniciada e apoiada pela Graça, que o leve a alcançar a estatura adulta de Cristo.

Um vínculo particular liga o Baptismo com a Quaresma como momento favorável para experimentar a Graça que salva. Os Padres do Concílio Vaticano II convidaram todos os Pastores da Igreja a utilizar «mais abundantemente os elementos baptismais próprios da liturgia quaresmal» (Const. Sacrosanctum Concilium, 109). De facto, desde sempre a Igreja associa a Vigília Pascal à celebração do Baptismo: neste Sacramento realiza-se aquele grande mistério pelo qual o homem morre para o pecado, é tornado partícipe da vida nova em Cristo Ressuscitado e recebe o mesmo Espírito de Deus que ressuscitou Jesus dos mortos (cf. Rm 8, 11). Este dom gratuito deve ser reavivado sempre em cada um de nós e a Quaresma oferece-nos um percurso análogo ao catecumenato, que para os cristãos da Igreja antiga, assim como também para os catecúmenos de hoje, é uma escola insubstituível de fé e de vida cristã: deveras eles vivem o Baptismo como um acto decisivo para toda a sua existência.



2. Para empreender seriamente o caminho rumo à Páscoa e nos prepararmos para celebrar a Ressurreição do Senhor – a festa mais jubilosa e solene de todo o Ano litúrgico – o que pode haver de mais adequado do que deixar-nos conduzir pela Palavra de Deus? Por isso a Igreja, nos textos evangélicos dos domingos de Quaresma, guia-nos para um encontro particularmente intenso com o Senhor, fazendo-nos repercorrer as etapas do caminho da iniciação cristã: para os catecúmenos, na perspectiva de receber o Sacramento do renascimento, para quem é baptizado, em vista de novos e decisivos passos no seguimento de Cristo e na doação total a Ele.

O primeiro domingo do itinerário quaresmal evidencia a nossa condição do homens nesta terra. O combate vitorioso contra as tentações, que dá início à missão de Jesus, é um convite a tomar consciência da própria fragilidade para acolher a Graça que liberta do pecado e infunde nova força em Cristo, caminho, verdade e vida (cf. Ordo Initiationis Christianae Adultorum, n. 25). É uma clara chamada a recordar como a fé cristã implica, a exemplo de Jesus e em união com Ele, uma luta «contra os dominadores deste mundo tenebroso» (Hb 6, 12), no qual o diabo é activo e não se cansa, nem sequer hoje, de tentar o homem que deseja aproximar-se do Senhor: Cristo disso sai vitorioso, para abrir também o nosso coração à esperança e guiar-nos na vitória às seduções do mal.

O Evangelho da Transfiguração do Senhor põe diante dos nossos olhos a glória de Cristo, que antecipa a ressurreição e que anuncia a divinização do homem. A comunidade cristã toma consciência de ser conduzida, como os apóstolos Pedro, Tiago e João, «em particular, a um alto monte» (Mt 17, 1), para acolher de novo em Cristo, como filhos no Filho, o dom da Graça de Deus: «Este é o Meu Filho muito amado: n’Ele pus todo o Meu enlevo. Escutai-O» (v. 5). É o convite a distanciar-se dos boatos da vida quotidiana para se imergir na presença de Deus: Ele quer transmitir-nos, todos os dias, uma Palavra que penetra nas profundezas do nosso espírito, onde discerne o bem e o mal (cf. Hb 4, 12) e reforça a vontade de seguir o Senhor.

O pedido de Jesus à Samaritana: «Dá-Me de beber» (Jo 4, 7), que é proposto na liturgia do terceiro domingo, exprime a paixão de Deus por todos os homens e quer suscitar no nosso coração o desejo do dom da «água a jorrar para a vida eterna» (v. 14): é o dom do espírito Santo, que faz dos cristãos «verdadeiros adoradores» capazes de rezar ao Pai «em espírito e verdade» (v. 23). Só esta água pode extinguir a nossa sede do bem, da verdade e da beleza! Só esta água, que nos foi doada pelo Filho, irriga os desertos da alma inquieta e insatisfeita, «enquanto não repousar em Deus», segundo as célebres palavras de Santo Agostinho.

O domingo do cego de nascença apresenta Cristo como luz do mundo. O Evangelho interpela cada um de nós: «Tu crês no Filho do Homem?». «Creio, Senhor» (Jo 9, 35.38), afirma com alegria o cego de nascença, fazendo-se voz de todos os crentes. O milagre da cura é o sinal que Cristo, juntamente com a vista, quer abrir o nosso olhar interior, para que a nossa fé se torne cada vez mais profunda e possamos reconhecer n’Ele o nosso único Salvador. Ele ilumina todas as obscuridades da vida e leva o homem a viver como «filho da luz».

Quando, no quinto domingo, nos é proclamada a ressurreição de Lázaro, somos postos diante do último mistério da nossa existência: «Eu sou a ressurreição e a vida... Crês tu isto?» (Jo 11, 25-26). Para a comunidade cristã é o momento de depor com sinceridade, juntamente com Marta, toda a esperança em Jesus de Nazaré: «Sim, Senhor, creio que Tu és o Cristo, o Filho de Deus, que havia de vir ao mundo» (v. 27). A comunhão com Cristo nesta vida prepara-nos para superar o limite da morte, para viver sem fim n’Ele. A fé na ressurreição dos mortos e a esperança da vida eterna abrem o nosso olhar para o sentido derradeiro da nossa existência: Deus criou o homem para a ressurreição e para a vida, e esta verdade doa a dimensão autêntica e definitiva à história dos homens, à sua existência pessoal e ao seu viver social, à cultura, à política, à economia. Privado da luz da fé todo o universo acaba por se fechar num sepulcro sem futuro, sem esperança.

O percurso quaresmal encontra o seu cumprimento no Tríduo Pascal, particularmente na Grande Vigília na Noite Santa: renovando as promessas baptismais, reafirmamos que Cristo é o Senhor da nossa vida, daquela vida que Deus nos comunicou quando renascemos «da água e do Espírito Santo», e reconfirmamos o nosso firme compromisso em corresponder à acção da Graça para sermos seus discípulos.



3. O nosso imergir-nos na morte e ressurreição de Cristo através do Sacramento do Baptismo, estimula-nos todos os dias a libertar o nosso coração das coisas materiais, de um vínculo egoísta com a «terra», que nos empobrece e nos impede de estar disponíveis e abertos a Deus e ao próximo. Em Cristo, Deus revelou-se como Amor (cf 1 Jo 4, 7-10). A Cruz de Cristo, a «palavra da Cruz» manifesta o poder salvífico de Deus (cf. 1 Cor 1, 18), que se doa para elevar o homem e dar-lhe a salvação: amor na sua forma mais radical (cf. Enc. Deus caritas est, 12). Através das práticas tradicionais do jejum, da esmola e da oração, expressões do empenho de conversão, a Quaresma educa para viver de modo cada vez mais radical o amor de Cristo. O Jejum, que pode ter diversas motivações, adquire para o cristão um significado profundamente religioso: tornando mais pobre a nossa mesa aprendemos a superar o egoísmo para viver na lógica da doação e do amor; suportando as privações de algumas coisas – e não só do supérfluo – aprendemos a desviar o olhar do nosso «eu», para descobrir Alguém ao nosso lado e reconhecer Deus nos rostos de tantos irmãos nossos. Para o cristão o jejum nada tem de intimista, mas abre em maior medida para Deus e para as necessidades dos homens, e faz com que o amor a Deus seja também amor ao próximo (cf. Mc 12, 31).

No nosso caminho encontramo-nos perante a tentação do ter, da avidez do dinheiro, que insidia a primazia de Deus na nossa vida. A cupidez da posse provoca violência, prevaricação e morte: por isso a Igreja, especialmente no tempo quaresmal, convida à prática da esmola, ou seja, à capacidade de partilha. A idolatria dos bens, ao contrário, não só afasta do outro, mas despoja o homem, torna-o infeliz, engana-o, ilude-o sem realizar aquilo que promete, porque coloca as coisas materiais no lugar de Deus, única fonte da vida. Como compreender a bondade paterna de Deus se o coração está cheio de si e dos próprios projectos, com os quais nos iludimos de poder garantir o futuro? A tentação é a de pensar, como o rico da parábola: «Alma, tens muitos bens em depósito para muitos anos...». «Insensato! Nesta mesma noite, pedir-te-ão a tua alma...» (Lc 12, 19-20). A prática da esmola é uma chamada à primazia de Deus e à atenção para com o próximo, para redescobrir o nosso Pai bom e receber a sua misericórdia.

Em todo o período quaresmal, a Igreja oferece-nos com particular abundância a Palavra de Deus. Meditando-a e interiorizando-a para a viver quotidianamente, aprendemos uma forma preciosa e insubstituível de oração, porque a escuta atenta de Deus, que continua a falar ao nosso coração, alimenta o caminho de fé que iniciámos no dia do Baptismo. A oração permite-nos também adquirir uma nova concepção do tempo: de facto, sem a perspectiva da eternidade e da transcendência ele cadencia simplesmente os nossos passos rumo a um horizonte que não tem futuro. Ao contrário, na oração encontramos tempo para Deus, para conhecer que «as suas palavras não passarão» (cf. Mc 13, 31), para entrar naquela comunhão íntima com Ele «que ninguém nos poderá tirar» (cf. Jo 16, 22) e que nos abre à esperança que não desilude, à vida eterna.



Em síntese, o itinerário quaresmal, no qual somos convidados a contemplar o Mistério da Cruz, é «fazer-se conformes com a morte de Cristo» (Fl 3, 10), para realizar uma conversão profunda da nossa vida: deixar-se transformar pela acção do Espírito Santo, como São Paulo no caminho de Damasco; orientar com decisão a nossa existência segundo a vontade de Deus; libertar-nos do nosso egoísmo, superando o instinto de domínio sobre os outros e abrindo-nos à caridade de Cristo. O período quaresmal é momento favorável para reconhecer a nossa debilidade, acolher, com uma sincera revisão de vida, a Graça renovadora do Sacramento da Penitência e caminhar com decisão para Cristo.



Queridos irmãos e irmãs, mediante o encontro pessoal com o nosso Redentor e através do jejum, da esmola e da oração, o caminho de conversão rumo à Páscoa leva-nos a redescobrir o nosso Baptismo. Renovemos nesta Quaresma o acolhimento da Graça que Deus nos concedeu naquele momento, para que ilumine e guie todas as nossas acções. Tudo o que o Sacramento significa e realiza, somos chamados a vivê-lo todos os dias num seguimento de Cristo cada vez mais generoso e autêntico. Neste nosso itinerário, confiemo-nos à Virgem Maria, que gerou o Verbo de Deus na fé e na carne, para nos imergir como ela na morte e ressurreição do seu Filho Jesus e ter a vida eterna.

BENEDICTUS PP XVI

(tradução oficial do Vaticano)

quinta-feira, 3 de março de 2011

Quarta-Feira de Cinzas


Quarta-feira de cinzas é o primeiro dia da Quaresma na Igreja Católica do Ocidente.
Jesus prepara-se para ir para o deserto, mas nós preparamo-nos para a ressurreição que acontece no Domingo de Páscoa.
As cinzas são impostas pelo sacerdote, com o simbolo de penitência. As palavras propostas pelo missal romano para a imposição das cinzas são: " Arrependei-vos e acreditai no evangelho".
Vivam a Quaresma com um espírito de mudança.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Festa do Beato Francisco


No dia 20 de fevereiro celebra-se a festa do Beato Francisco Marto e Jacinta, a quem Nossa Senhora, apareceu na Cova da Iria. A 1 de maio de 2009, D. Anacleto Oliveira, na peregrinação nacional de acólitos, proclamou o Beato Francisco pelo seu amor à Eucaristia, padroeiro nacional dos acólitos portugueses. Por isso, os acólitos decidiram fazer-lhe uma festa nesse dia.

Programa:

16h Adoração ao Santissimo Sacramento


Local: igreja do Ervedal
Mensagem no abrigo do novo acordo ortográfico